domingo, 27 de janeiro de 2013

devoro a viagem com a pressa de chegar
como o tempo à medida que a chuva cai sobre mim
e o vento funde comigo se a saudade não couber mais
veloz os passos não falham no cálculo
pois em actos reflexos os pulmões são certeza 
dos semáforos em oásis da minha visão alucinogénica
a escuridão tépida revela beleza revestida de melancolia
na pele que rasgo agora, sou movimento em quarto minguante
aos olhos de quem não me vê
e na verdade crescente é onde vive a essência
por aquilo que luto em cada segundo na oportunidade de um dia D
é ironia apagada pela cumplicidade enigmática
dos sorrisos trocados ao amanhecer, quando a noite cai
a implantação do silêncio
bastidor de toques apelados em sentidos intensificados
são fantasma, se o destino não for agora
palavras caladas
recantos escuros à porta do manicómio que há em nós
são o mundo que parte para longe, entre quatro paredes
ao som de norah jones quando ficamos de novo a sós






 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

só não somos do mundo do rap ou do hip hop porque a nossa alma flutua para além da velocidade de um pensamento agregado a cordas vocais.

sábado, 18 de fevereiro de 2012



Correm recordações num corpo afastado da alma,
Pegadas em história simuladas
De todos os pensamentos não libertados
Já o cansaço cessou a passagem
E finalmente o sol rasgou um caminho
Traçado de sangue,
Onde as memórias pintadas
Dançam agora em tributos ridicularizados,
Capazes da farsa eminente em cada língua.
O passado chora futuro,
O presente desiste,
Quando a pressa não tem dono
Salva-se o efeito impotente,
A malícia grita vitória em maioria absoluta.
Ninguém o vê, quem fala não sente
E quem sente não vem.
Cerram-se as portas,
Amanhã de novo o mesmo chão.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


consome-se a vida
repetida, mais um pouco
faz-se sombra
que me abraça em desespero.
sozinha partilho o fastio
reflectido nas mãos já cansadas
da incerteza, vagueio.
em suspiros trago ventos
turbulentos, são frieza
que afasta o tempo
sorridente em horas vagas.
eu chego e tu partes,
recomeça o meu corpo
metamorfose num beijo,
assombro os teus medos
arrasto o teu peito,
na saudade de um ego adormecido
sou despedida,
rastos de brisa de um eco esquecido.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

En mis ojos nada se sabe
y mi personalidad, tímida o fuerte
verdadera y genial
no importa lo que piensas
porque palabras son cansacio
y a mí me gusta ser original
caminar por entre sombras
sin tener miedo del fracaso
no busco la felicidad
viene por sí misma, descansa en mí
coge las almas y se fija en un puerto seguro
no sé de la vida que no vivo
o de la vida que los otros inventan para mí
en heridas mal curadas, no pierdo tiempo
me quedo en silencio
pues independiente este corazón
soy carne, huesos y nervios
en un cuerpo vestido de alma irregular
a veces soy suenõ que sueña en suenõs
o que en sueños no es sueño
solamente pesadilla
pero bailo con la vida en estados soleados
me fijo en ideas que nadie cree
cuando al mismo tiempo, soy reloj
acertado en mala hora y casi siempre,
delante del espejo soy la imagen que nadie más ve